sexta-feira, 19 de março de 2010

Brasil não possui influência suficiente para ser um mediador de peso no Oriente Médio, dizem analistas

NOTÍCIA:

A viagem de Luiz Inácio Lula da Silva ao Oriente Médio, a primeira de um presidente brasileiro em exercício, foi “histórica” e “importante”. Porém deixou claro que o Brasil ainda não possui influência suficiente para ser um mediador de peso no conflito entre israelenses e palestinos. Essa é a opinião de três especialistas ouvidos pelo UOL Notícias.

Ao longo de sua viagem pela região, Lula repetiu inúmeras vezes que o conflito necessita de novos mediadores –leia-se Brasil- uma vez que os tradicionais interlocutores não têm conseguido solucionar o impasse.

“É por isso que o Lula diz que o Brasil pode ser mediador, pois seria um ator novo. Mas é exatamente por isso que acho que não. O Brasil não domina o complexo cenário que envolve a região”, explica Gilberto Sarfati, professor de relações internacionais especializado em Oriente Médio da Universidade Rio Branco.

“De nenhuma forma vejo que o Brasil possa ser mediador no conflito. Não faz parte de sua zona de influência. O Brasil tem, sim, poder para influenciar países na América do Sul, não no Oriente Médio”, conclui.

Para Rubens Barbosa, ex-embaixador do Brasil nos Estados Unidos entre 1999 e 2004, o país ainda está distante de conquistar um papel importante nas negociações de paz. “O Brasil não consegue mediar nem uma briguinha entre Uruguai e Argentina, no qual ele se omitiu. Não será nessa questão tão complexa que o Brasil conseguirá ter um papel importante”, justifica Barbosa referindo-se ao impasse envolvendo uma fábrica de celulose na fronteira entre os dois países sul-americanos.

Para o ex-embaixador, a viagem de Lula foi importante para o Brasil manifestar interesse pela região e ampliar as relações bilaterais.
Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/internacional/2010/03/17/brasil-nao-possui-influencia-suficiente-para-ser-um-mediador-de-peso-no-oriente-medio-dizem-analistas.jhtm

RESPOSTA:

Lamentável.

Para colocar o Brasil em posição submissa e defender interesses estrangeiros, a imprensa brasileira ouviu especialistas em diplomacia e oriente médio que sofrem de perda de memória seletiva.

Os especialistas esqueceram que Oswaldo Aranha, brasileiro, assinou a resolução que criou o Estado de Israel na qualidade de presidente da ONU. Esqueceram também que, após a guerra dos seis dias, o exército brasileiro ficou uns bons dez anos fazendo 'barreirinha' entre Israel e Egito. Sem falar nos milhões de brasileiros descendentes de árabes e judeus, cujos interesses devem ser considerados pelo presidente, tanto quanto os interesses de qualquer outro segmento da população.

“Penso que o Brasil, talvez mais do que qualquer outro país, pode tentar convencer os iranianos a pararem com seu programa nuclear”, afirmou Lieberman, ministro de negócios exteriores de Israel.
Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/internacional/2009/07/22/ult1859u1248.jhtm

"A visita do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, nesta segunda-feira (23/11) ao Brasil não foi um fato isolado. O país também recebeu recentemente o presidente israelense, Shimon Peres, e o líder palestino, Mahmoud Abbas. Para o cientista político Oliver Stuenkel, do Global Public Policy Institute de Berlim, trata-se de uma constelação que poucos países podem oferecer."
Fonte: http://www.dw-world.de/dw/article/0,,4919849,00.html

"A alta representante para as Relações Exteriores e a Política de Segurança da UE, Catherine Ashton, disse nesta segunda-feira (15/05) que a União Europeia (UE) conta com o Brasil para resolver o impasse nuclear com o Irã."
Fonte: http://www.dw-world.de/dw/article/0,,5252467,00.html

E tenho dito.

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